Quando o casal é premiado com uma gravidez, vem logo a questão: “Será que vai ser menino ou menina?”.
Para responder a essa pergunta e tomar as providências necessárias para receber o bebê, é necessário saber com que idade gestacional é possível ser feito o diagnóstico do sexo fetal.
São vários os métodos que podem ser utilizados para essa finalidade. A idade gestacional, a precisão do diagnóstico e o valor do exame é variável de acordo com o exame escolhido ou indicado:
– Sexagem fetal: Tem um índice de acerto acima de 95% e pode ser realizada a partir de 8 semanas de gestação, através da coleta de sangue materno e sua análise em laboratório. Também pode ser feita através de exame de urina (semelhante ao “teste de gravidez de farmácia”). A partir da décima semana de gestação, com uma precisão um pouco menor (aproximadamente 90%, de acordo com o fabricante do teste).
– DNA livre: É um teste muito mais completo que a simples análise do sexo fetal, e pode ser realizado a partir da nona ou décima semana de gestação (dependendo da técnica utilizada). Utiliza também uma amostra do sangue materno, que será analisada em laboratório especializado. Além do diagnóstico do sexo fetal (cromossomos X e Y), são também analisados os cromossomos 13, 18 e 21 (em testes mais modernos são analisados também outros cromossomos). A precisão é maior do que 99% para o sexo fetal e também para a maioria das condições genéticas testadas.
Casais com risco aumentado de terem filhos com alguma síndrome cromossômica (gestantes com mais de 35 anos ou com filhos já acometidos por alguma destas síndromes), ou mesmo casais que simplesmente queiram ter uma melhor definição quanto a possíveis alterações cromossômicas podem ser beneficiados pela realização desse exame.
– Ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre com Doppler das artérias uterinas: Exame realizado entre 11 e 14 semanas de gestação, essencial para toda gestante com o objetivo de verificar o risco de alterações fetais (cromossômicas ou não), assim como o risco para desenvolvimento de pré eclâmpsia (doença passível de prevenção se rastreada e iniciada medicação profilática no tempo adequado para as gestantes com risco aumentado) ou restrição de crescimento fetal.
Na ocasião desse exame, pode também ser estimado qual o sexo fetal. Com uma precisão em torno de 72% às 11 semanas, 85% às 12 semanas e 89% às 13 semanas. Alguns fatores podem influenciar na probabilidade de acerto, como a posição fetal adequada, posição uterina, condições do abdome materno (edema, obesidade e algumas cirurgias abdominais prévias prejudicam a qualidade do exame), qualidade do equipamento de ultrassom e experiência/qualificação do examinador na realização de exames de primeiro trimestre de gestação.
Salienta-se que é um dos exames mais importantes da gestação, devendo ser realizado mesmo naquelas gestantes que já tiveram o diagnóstico do sexo fetal através da sexagem, pois avalia o risco de muitas alterações importantes de serem rastreadas durante a gestação.