O procedimento trata-se da retirada de determinada quantidade de líquido amniótico, que pode ter diversos objetivos, nos quais se destacam:
- Coleta de material para exame genético, em pacientes classificadas como de alto risco para doenças cromossômicas ou gênicas;
- Coleta de material para o diagnóstico de doenças infecciosas fetais, como Toxoplasmose, Citomegalovirose, Rubéola, Parvovirose e outras;
- Coleta de material para avaliação de doenças hereditárias, como Fibrose Cística, Anemia falciforme e hemofilia;
- Coleta de material para exames bioquímicos como, por exemplo, a alfa-fetoproteína, que apresenta valores elevados em fetos comprometidos por defeitos do tubo neural, como a mielomeningocele e a anencefalia;
- Redução da quantidade de líquido amniótico, em pacientes que apresentem distensão uterina exagerada pelo excesso do mesmo. Nesse caso, denomina-se “amniorredução”, “amniodrenagem” ou “amniocentese de alívio”;
- Coleta de material para teste de paternidade ou para avaliação do sexo fetal. É importante ressaltar que, nesses casos, por ser exame invasivo (e não isento de riscos para o feto), não é realizado com esses únicos objetivos. Pode ser feita quando, além dessas, haja alguma outra indicação precisa, como as já descritas anteriormente.
É um procedimento simples, com baixo risco para o feto, sendo, geralmente, realizado após as 16 semanas de gestação (de acordo com a indicação clínica), através da inserção de uma agulha, guiada por ultrassom, na cavidade amniótica, pelo abdome materno, com a aspiração da quantidade de líquido indicada para cada caso. Quase sempre é feita sob anestesia local, podendo, na maioria dos casos, ser realizada na FetalClin, sem necessidade de hospitalização.